Trapalhona é assim que me descrevo.
Não sei que tamanho vai ter este texto, mas se queres saber o que se passa dentro de mim podes continuar a ler.
Em toda a minha vida tive problemas de auto-estima, problemas esses me afetam a nível social como "académico". Fazem parte de mim.
Há muitas de pessoas que me deixaram de falar, umas porque nunca gostaram de mim, outras porque se desiludiram comigo, outras porque acham que os feitios não se unem. Eu compreendo, porque não sou uma peça facil, não sou simpática para toda a gente, faço um esforço gigante para me dar com pessoas que têm os defeitos que mais me desagradam e desisto lentamente de quem desiste de mim.
Até os meus 14, 15 anos poucas pessoas conheciam o meu lado divertido e sem vergonha, sempre fui fechada, deixava-me ficar no meu canto, quando me atacavam não me defendia. E isto reflete-se muito naquilo que sou hoje. Hoje, já sou capaz de responder a quem me provoca e não guardo tudo para mim, mas não a 100%.
Existe um assunto que vou demorar a superar, chama-se condição física, ser boa em alguma coisa, ter qualidade. Não sou o tipo de aluna que consegue saber as coisas antes de aprender, não sou o tipo de aluna que não estuda para o testes, não sou o tipo de aluna que é atleta. Não sou, aceito isso.
Só me deixa triste quando me deixam para trás porque não sou boa naquilo que faço a nivel físico. Eu sei que é falta de treino, falta de esforço da minha parte, e volto a remeter para todos os problemas desse tipo que tive na minha infância. Tudo que sejam jogos em grupo, normalmente dou-me mal e com toda a razão das pessoas, podem-me me deixar de parte, essa é a verdade. Mas não podem fazer de mim lixo, tem acontecido, não sei por quanto tempo continuará. As pessoas fazem isso porque não me imponho, volto a deixar-me ficar no canto, como a cerca 2, 3 anos atrás. Daqui para a frente, vou me esforçar as pessoas vão poder confiar em mim enquanto equipa e eu vou pegar o touro pelos cornos , como faço em tudo o resto da minha vida.
Ontem, dei por mim a pensar o porquê de me sentir feliz ao acordar e infeliz ao deitar. Será assim tão mau suportar 16 horas a lidar com pessoas e atitudes? Será real e necessário sentir-me assim? Cheguei a conclusão que não, quando li " Se pudéssemos ter consciência de quanto a nossa vida é passageira, talvez pensássemos duas vezes antes de deitar fora as oportunidades que temos de ser e fazer os outros felizes.", Percebi que há muito para além de chatices, desentendimentos, e frustrações. Há coisas boas, cabe-me a mim, na minha vida, dar mais peso as alegrias e deixar as tristezas para aprender um pouco com elas.
Em português, estou a dar os heterónimos de Fernando Pessoa, o que mais fascina é o Alberto Caeiro e a forma como ele olha para a Natureza. Ele não tenta percebe-la, ele simplesmente observa e aceita, tal como ela é.
O facto de não me saber defender sempre foi comum na minha vida, nos últimos tempos tem deixado de ser, hoje (31/10) consegui comportar-me, consegui resolver os meus problemas sem andar por intermediários, e consegui por o assunto em pratos limpos. As vezes a coragem aparece e nós não sabemos bem de onde, a verdade, é que quando mais pensamos em usa-la, ela nem se chega perto, mas se formos diretos aos problemas sem pensar, ela mostra-se e ainda ajuda.
Sabes, quando do meio da balburdia que está a tua vida, toda atrapalhada, ainda tens tempo para pensar em amor? Pois é, na minha mente há espaço. Não estou apaixonada, mas sonho todos os dias com esse momento. Por isso, qualquer tipo de final de um rapaz de me desperte interresse, na minha cabeça faço um filme em que imagino a minha vida toda ao lado dele. Acordo e percebo que estou no mundo real e que tenho que estudar.
Cheguei a conclusão com as minhas amigas, que já fizemos coisas parvas com o amor, mas nenhuma de nós quer ficar sozinha com 27 gatos em casa.
Apesar de tudo, é o amor que nos move, faz nos sentir vivos.
Tenho 17 anos, estou no 12º ano, e como assunto puxa assunto, fico a pensar se algum dia vou constituir família, se algum dia alguém vai dizer que eu sou a tal, e que me quer como mãe dos seus filhos. Profundo não é? Principalmente, porque para além de querer isso, quero não sair do ninho. Quero me sentir protegida.
Pus-me aqui a divagar um pouco de todos os assuntos que estão presentes ao longo das 16 horas que lido com pessoas.
eu até queria comentar, mas olha pronto, coiso. fiquei sem palavras.
ResponderExcluirstay strong *
Está uma confusão é uma realidade, mas a vida também o é :)
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