Era tudo novo e assustador. Os corredores eram gigantes e todos iguais. Havia janelas redundas nas portas das salas. Os quadros eram brancos. Demorei duas semanas a orientar-me. Demorei 1 mês a reconhecer todas as caras da minha turma.
Lembro-me do primeiro dia como se fosse ontem. Mandaram-nos para o ginásio para ouvir a apresentação do diretor. Fiquei à beira dos meus amigos do básico que ficaram juntos na mesma turma e eu fiquei sozinha, na turma A. Depois de um longo discurso o diretor pediu para as pessoas da turma A se dirigirem com a diretora de turma para uma sala. Do lado que eu estava ninguém se levantou. Levantaram-se uns 27 do outro lado. Ok pensei. A diretora, era professora de Biologia, olhos azuis, cabelo loiro, muito bonita e muito simpática. Sentei-me a trás de todo com duas raparigas que tinham andado na mesma escola que eu mas não as conhecia. Entraram dois alunos que tinham acabado o 12 ano e foram bastante acolhedores.
Português, Matemática, Espanhol, Biologia e Geologia, Física e Química, Educação Física, Filosofia, Moral e Formação Cívica! A luta começou ali e eu nem me tinha apercebido.
Português, uma professora que tinha estudo num colégio de freiras, adorável, fazia-nos todas as vontades. Tinha um coração de ouro. Não prestava muita atenção as aulas dela, desenhava ou falava por papelinhos com os colegas do lado. Matemática, a senhora que todos tinham medo, nunca me vou esquecer da voz e das palavras dela: "A média do secundário começa no primeiro dia que cá entram e termina no ultimo dia do 12º ano, todas as décimas contam." "...Dar-te com um gato morto até ele miar". Estava na fila da frente, na terceira carteira a contar da porta. Passei por momentos bons, idas ao quadro cheia de medo. Fui das poucas pessoas com coragem de lhe pedir para tirar uma duvida. Eu sabia que ela gostava de nos. Era uma professora exigente, mas preparava-nos bem para os testes que fazia. Uma boa amiga e alguém que nunca vou esquecer o nome. O professor de Espanhol, Catalina Jesus, era assim que me chamava. Era um homem muito estranho. Conseguia ser bastante carinhoso. Ajudava nos testes, mas não o podíamos desrespeitar, zanga-se mesmo a sério. Felizmente nunca aconteceu. Biologia, explicava com desenhos, achava que éramos anjinhos, nunca imaginou que diabretes tinha. Física e Química, o senhor que me deu mais dores de cabeça. Sentado em cima da mesa a ler o PowerPoint. Nós nas maquinas calculares a jogar. Tão bebés que éramos. Educação Física, o melhor professor com gingar de anca que conheci, um verdadeiro apaixonado pelo vólei. Filosofia, pequena e adorável. Teve muita paciência comigo, passava as aulas dela a desenhar ou quase a dormir. No primeiro ano, não achava graça há disciplina. Moral, um senhor com grandes valores, apaixonado pelas artes, incentivava-nos para o melhor.
Pessoas que há sua maneira contribuíram para o meu bem. Iniciaram o meu sonho.
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Pessoas que há sua maneira contribuíram para o meu bem. Iniciaram o meu sonho.
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