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Há tempo, fora o silêncio.

Nem toda a gente é como eu. Nem todos somos frios.  Há assuntos na vida que por vezes sou demasiado racional e esqueço-me que existe sentimentos à minha volta.
Como passo muito tempo sozinha, convivo bastante bem com o silêncio. No entanto, se estiver acompanhada faz-me muita impressão que ele exista. E nestes 3 anos, tal como nos outros atrás, encontrei pessoas que mandam o silêncio que me rodeia embora e interessam-se verdadeiramente por mim.
Demoro a entregar-me, há quem diga que tenho cara de quem se pode desabafar, e é verdade sim. Mas para eu desabafar contigo, tens que ser das pessoas mais importantes da minha vida. Tens que ser meu amigo, e tenho que ter a certeza que não te estou a chatear.
Aqui é a parte Uau, há uns tempos atrás achava que o silêncio era o único que me ouvia, era o único que se interessava por mim. E agora dou por mim a perceber que existem pessoas que realmente se interessam, isto faz com que o meu subconsciente entre em colapso.
Relacionar-me com as pessoas, mete-me medo, porque esse silêncio pode voltar e eu quero que ele se afaste para bem longe.
Tenho amigos que tenho a certeza que vou passar por eles daqui a 40 anos e vão falar comigo na rua a contar a novidades e tudo mais. Mas não sei se serão essas pessoas que eu vou ligar em lágrimas ou entrar pela casa dentro com o jantar na mão.
Tenho outros, que são as pessoas que eu mais adoro, que lhes digo isto mesmo: nunca vão deixar de falar comigo, nem me mandem ou lhes mande com uma garrafa à cabeça. Está mal. A amizade é muito mais que passar por ti na rua e sorrir, é mesmo o companheirismo, aquilo que atualmente tenho e vou batalhar para não perder. Pessoas que eu possa ir ter com elas ao emprego, pessoas que me entrem pela casa aos gritos que me convidem para fazer viagens, pessoas que me peçam para ir buscar os filhos delas à escola.
Amigos, pessoas presentes. Amigos até existirem cadeiras de rodas voadoras.

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