A vista da minha janela não é muito distante, no entanto conheço poucas pessoas das que moram ali. Aquele menino que brincava na rua comigo, hoje só conhece a minha voz e o meu sorriso quando o cumprimento com um 'Olá'. E aquele café das idas ao final do dia com a minha mãe, apareço por lá uma vez de meses a meses. E a minha bicicleta, a verdadeira aventura ao descer a rua sem travões ou sem as mãos no volante, já não existe, desapareceu na altura dos assaltos no prédio.
Pequenas ações foram deixando de ser rotina, por causa de esta ou aquela tarefa que se foi sobrepondo. Fui divertido enquanto durou. As recordações de infância são mesmo isso, olhar para a janela e pensar o quanto foi especial enquanto durou.
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