Hoje trago um pequeno texto pedido pelo meu professor de português aos alunos. Não o considero nada de especial, mas decidi partilhar com quem lê um pouco do que escrevo. O texto consiste em associar o 25 de Abril a esta quadro, espero que gostem. Ele mostrou-nos vários quadros alusivos a este dia, e pediu para comentar este. Ficamos todos de boca aberta, mas depois chegamos a algumas conclusões.
“Não vejo relação” é o primeiro comentário. Ligamos o 25 de
Abril à liberdade de expressão e ao direito ao voto. Não associamos em nada a
uma mulher seminua com olhar de prazer. Ao observar a tela vou focar-me em três
aspectos, que para mim são fundamentais: O saco escondido por detrás da fotografia,
posição do corpo e o rosto.
Antes do dia de liberdade todos os atos não legais
realizavam-se escondidos, colocados num saco bem fechado. Pode-se utilizar esta
metáfora para a imagem da mulher na sociedade. A mulher servia para fazer a
lida da casa e educar os filhos. Esta era imagem que poderia estar fora do
saco. E dentro do saco tudo que ela não poderia fazer, como por exemplo abrir a
sua própria correspondência. Uma mulher casada não era bem vista se tivesse um
emprego, era proibido aliás. Uma enfermeira não podia ser casada.
Não era ousado vestir uma lingerie, por isso, poderia estar
dentro do saco. O artista, quis mostrar que na sociedade actual já é aceitável.
Assim mostra a nova visão da sociedade sobre a mulher. Depois do grande dia,
pela frente do saco fechado aparece o lugar que se conquistou. O lugar em que a
mulher pode sorrir, mostrar a sua opinião e lutar pelos seus direitos. O prazer
que mostra no seu rosto remete para isso mesmo. Conquistou um lugar mais firme
na sociedade.
A posição do corpo leva-me a pensar que ainda assim, por
algumas pessoas a mulher ainda não é levada a sério com a sua posição. Acredito
que daqui para a frente se continue a conquistar direitos, não para ficar superior
ao homem, mas para ficar de pé de igualdade com ele.
Para concluir, antes do grande dia, eram dias sem história
para a sociedade feminina em Portugal.
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