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Mostrando postagens de setembro, 2014

O barulho dos cegos.

A minha opinião racional diz que ser cego é a pior doença que se pode ter enquanto cá se habita. A ideia de não puder ver o mundo e as pessoas com quem interajo é assustador. Não saber se estão a sorrir para mim ou a fazer-me caretas ou simplesmente se me deixam a falar sozinha porque não estão a prestar atenção. Toda a ideia que tenho da cegueira é triste.  Entretanto tenho a plena noção que pessoas cegas, não são só cegas. A doença não é a pessoa, a doença é só uma mera característica que a pessoa usufrui  durante a vida terrena.  Hoje conheci um senhor mas ele não me conheceu a mim. No comboio enquanto eu estava aborrecida com a minha vida e a viagem que nunca mais acabava, estava um senhor em pé, acompanhado por uma senhora e um pau auxiliar de adaptação à vida.  Ao agarrar o barão para se segurar as primeiras palavras que ouço da boca dele foram: "Coitado estou a magoar uma pessoa." Chamou-me à atenção, olhei para os olhos dele que sorriam sem lhes ter conseguido

A minha primeira semana na Universidade.

A vida funciona da seguinte forma: Empurra-te e tu vais. Com algumas reflexões que tenho enquanto olho para o céu chuvoso, só consigo pensar que estou adorar. Vou organizar aqui as ideias por tópicos. Estou na Universidade de Aveiro (mais concretamente na escola superior  de saúde da universidade de Aveiro ) a estudar Enfermagem. Mudança de Horários: Achava que acordar sedo era 7h30. Para mim agora acordar as 7h30 é como muita gente dormir até ao meio dia. São 5h30 da manhã e o despertador toca para eu ir acordando que tenho de apanhar um comboio as 6.30h se quero estar na universidade as 9h. Quando digo isto as pessoas que vou conhecendo, elas ficam chocadas, eu própria se me disserem que eu faço isto, nem acredito. Tenho encontrado pessoas que vão também para as suas universidades a mesma hora que eu, que andavam comigo antigamente (até parece que foi a muito tempo, tipo 3 meses) no secundário. Depois de apanhar o primeiro comboio, apanho o segundo e nesse vou na minha hora

18 anos.

Eu achava que 2011 tinha sido o ano da minha vida, mal eu sabia que 2014 era o ano da chegada dos meus 18 anos. Sempre a bater com a cabeça o ano em que eu mais cresci como pessoa. Não sei muito bem como é que isto tudo se processou, nasci cresci e olha já sou adulta de idade. Nasci prematura, passei uns dias na incubadora, era um franguinho pequenino que as pessoas acreditam pouco que sobrevivesse. Entretanto engordei e fiquei com umas grandes bochechas no rosto. Dei cabo da cabeça dos meus pais, quando me chateava ficava amuada e dava a mão a outras pessoas na rua (foi só a um velhinho, a minha mãe pode confirmar). Com 4 anos fui para o infantário e tive que fazer um desenho que me identificasse. Como já era bastante criativa na altura foi uma espécie de roda a rodar para dentro como a carapaça de um caracol. Com 6 anos fui parar a uma turma com uma rapariga e o resto rapazes, bons tempos, segundo pessoas que se lembram desta fase da minha vida eu ensinava-lhes muitas coisas. Com