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Rebuçados à Solidão

A solidão do outro lado da parede dói, mas a que tu vês pelos teus próprios olhos dói ainda mais. Sabes que não podes mudar isso, porque não te compete. Pergunta-te , mas não te martirize, porque não te compete, compete ao destino. É o que deves pensar. Ou então és como eu e martirizas-te a pensar nas relações humanas e o quanto desejavas ter nascido numa melhor realidade.
Nasces, não escolhes o conjunto de pessoas que te vão rodear daí para a frente. És pequenina e tens a sorte de teres um cabelo que dá para fazer tranças em que as pessoas te acarinham. Não as escolheste mas elas gostam de ti. Dão-te balões e rebuçados. Tens alguém que olhe por ti, que veja o mundo à tua frente, para ter a certeza que não te acontece nada de mal. Entretanto cresces. Começas a caminhar por ti. Vês o mundo sem ter ninguém que te proteja.
Começas a perceber que aquela realidade que temias, a realidade da solidão e do abandono existe. Aquele velhinho da tua rua que tu achavas esquisito falar contigo sem te conhecer provavelmente tem família mas essas pessoas não querem saber dele. Os irmãos, primos de infância, os vivos, os filhos e netos, os vivos só vão ter com ele quando precisam de alguma coisa.  A herança é o importante, devem querer dividir os garfos que ele tem na gaveta da cozinha.
A realidade é esta, enquanto vivos as pessoas importam-se com os seus prazeres e não se lembram de quem os protegeu do mundo. Depois do velhinho morto vão chorar e gritar para os funerais.
Compete-te a ti cuidares de quem cuidou de ti, de quem te deu um rebuçado. Se ele te pede carinho com o olhar da-lhe um pouco de atenção.
Não deixes que a pessoa morra para depois te lamentares.

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